quarta-feira, 24 de julho de 2013

O diretor nacional do Movimento de Schoenstatt faz parte da comitiva papal

Padre Alexandre Awi Mello é parte do séquito que acompanha o papa durante a Jornada Mundial da Juventude, formado por menos de dez pessoas. Seu nome foi escolhido pessoalmente por Francisco.

O séquito que acompanha o papa Francisco no Brasil – o mais enxuto já visto desde os tempos de João Paulo II — tem um integrante surpreendente: um padre sem função na Cúria Romana nem na diplomacia do Vaticano. O fato é raríssimo na história da Igreja. Trata-se do brasileiro Alexandre Awi Mello, de São Paulo. Mello foi um dos poucos nomes escolhidos pessoalmente pelo pontífice, já que o staff papal costuma ser determinado de forma protocolar pela própria cúpula da Santa Sé. O padre brasileiro fará parte do grupo do alto-escalão do séquito, formado por menos de dez pessoas. Significa que ele será um dos poucos prelados a estar realmente próximo do papa — fará as refeições à mesa com o pontífice e estará presente nas orações diárias matinais, por exemplo.

Francisco conheceu Mello durante a V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, que ocorreu na cidade paulista de Aparecida, em 2007. O papa, na época cardeal Jorge Bergoglio, foi o principal redator do documento produzido no evento, hoje uma das principais referências de evangelização católica. Mello o auxiliou nos trabalhos. Os dois conviveram diariamente ao longo de três semanas.

O padre brasileiro é uma referência em mariologia, estudos teológicos sobre Nossa Senhora. Aos 42 anos, especializou-se no assunto na prestigiosa Universidade de Dayton, em Ohio, nos Estados Unidos. Mello nasceu no Rio de Janeiro, mas mora em São Paulo. Pertence ao movimento apostólico internacional de Schoenstatt, corrente católica mariana, fundada na Alemanha em 1914.

Não só a especialidade teológica de Mello agrada a Francisco. O padre é um ótimo comunicador. No Instituto Secular Padres de Schoenstatt, onde mora, tornou-se uma liderança entre os jovens fieis. Curiosamente, Mello tem características muito semelhantes a Francisco. O sorriso doce, quase tímido. A fala calma, mas radical. Diz ele: “Muitas vezes o fiel brasileiro tem uma relação de interesse por Maria, tratando-a como um objeto de milagres. Devemos imitar as suas atitudes, sendo como ela e seu filho, Jesus. Apenas isso”.

Fonte: veja