segunda-feira, 21 de maio de 2012

Recordando o início de 27 anos de história

O Santuário Santuário Tabor Magnificat completa 27 anos em 2012. E como tudo começou?

Na década de 1960 a 70, algumas pessoas do Movimento de Londrina mudaram-se para Curitiba e, com saudades do Santuário, reuniam-se nos dias 18 de cada mês, na casa da família Beggiato (da Liga das Famílias) para comemorar o Dia da Aliança.

Mais tarde solicitaram ajuda das Irmãs do Colégio Mãe de Deus de Londrina. Como D. Cleide já havia iniciado grupos de mães, Irmã Regina Maria, assessora do Ramo das mães de Londrina, aceitou vir uma vez por mês à Curitiba para dar assistência aos grupos. Mais tarde vieram outras Irmãs, destacando-se Irmã M. Inácia.

Com a vinda (também de Londrina) da família Abram, do Instituto das Famílias de Schoenstatt, para cá, concretizou-se o início de grupos da Liga das Famílias. Conseqüentemente surgiram também os grupos de jovens.

Ana Becker que também veio morar em Curitiba, vinda de Londrina, iniciou o Ramo da Liga feminina.

E as Irmãs continuavam a vir e ir, de Londrina a Curitiba... Entretanto, a divina Providência cuidou que Dr. Bernardo e D. Maria Emy construíssem uma Creche para crianças pobres na Vila Oficinas. Eles ofereceram esta creche às Irmãs de Maria para administrá-la. Tendo em vista o atendimento do Movimento na Capital do Estado, a Direção da Província aceitou a oferta. Então as Irmãs receberam também um lugar para morar.

Em agosto de 1979 a Creche Cantinho de Sol foi inaugurada e instalada uma Filial das Irmãs de Maria em Curitiba. Irmã M. Agnes foi liberada para o atendimento do Movimento.

A Província das Irmãs e a nova Filial, e o Movimento de Schoenstatt, nutriam a saudade e o desejo de construir um Santuário na Capital do Estado. Perguntavam-se: não seria este o presente para o centenário de nascimento de nosso Pai e Fundador? A saudade, silenciosamente, foi se concretizando.

Esta saudade pelo Santuário foi fecundada por um holocausto de vida!

Em 12 de dezembro de 1975, D. Lenir Bavoso da Liga das Mães de Schoenstatt em seu leito de dor, consagrou-se à Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt e ofereceu sua vida pela construção do Santuário de Curitiba e a difusão da Obra de Schoenstatt.

“Se for do seu agrado chamar-me junto a si, prontamente entrego-me como semente que se lança nos fundamentos do Santuário, para que o nosso Movimento se expanda pelo mundo inteiro e ajude na salvação da humanidade...” (Trecho da consagração de D. Lenir Bavoso em 12.12.75)

Com certeza muitos outros holocaustos silenciosos ofereceram-se como fundamento de nosso Santuário.

Na década de 1970, Pe. Idenando Ramos, que pertencia à Juventude de Schoenstatt de Londrina, entrou no seminário Diocesano de Curitiba. Consciente de sua missão procurou aliados entre os colegas: apresentaram-se alguns rapazes, que iniciaram um curso da União dos sacerdotes de Schoenstatt. Eles também nutriam uma grande saudade do Santuário. Porém, a pergunta de todos era: Onde construí-lo?

Pe. Rafael Biernaski, hoje Bispo auxiliar de Curitiba, teve uma idéia esplêndida: pedir o terreno das senhoras Kulik!

O que levou Pe. Rafael a esta reflexão? Seu pai, Sr. Ignácio Biernaski, era responsável pela pastoral dos doentes da Paróquia dos Poloneses situada em Orleans. Acompanhado do filho Rafael, levava o Padre polonês para visitar os doentes.

A Família Kulik fazia parte destas abençoadas famílias, pois a mãe Kulik, de idade avançada, encontrava-se muito enferma. Enquanto o pai e o Padre ocupavam-se com a família, o pequeno Rafael brincava entre as araucárias com sua bicicleta.Vindo a mãe Kulik a falecer (o pai já havia falecido) as quatro filhas solteiras herdaram a grande e bela terra.

Pe. Rafael, contando com a amizade que possuía com a família, teve a idéia de pedir um pedaço deste terreno para o Santuário.

No ano de 1983, os Padres Idenando e Rafael foram a Schoenstatt. Na Casa Marienau, Casa dos Padres da União de Schoenstatt, a idéia da construção do Santuário, no terreno das Senhoras Kulik, se iluminou e se esclareceu.

Palavras do Pe. Idenando a um grupo de mães que também procuravam um terreno:

“Pe. Rafael e eu conhecemos um terreno muito bonito e grande, propriedade de quatro senhoras polonesas.”

Em 18 de outubro de 1983, num dia chuvoso e úmido, Padres e Irmãs visitaram o terreno. Ao chegarem encontraram apenas Rosa, Maria e Marta, que os receberam amavelmente.

Estavam com os pés molhados e descalços, o que lhes impressionou muito, pois, mesmo idosas, vinham da lavoura para recebê-los. Naquele dia, apenas conversaram e quase não falaram sobre a doação do terreno, pois não se podia resolver nada devido à ausência de Helena, que estava na paróquia e que entendia português.

Ao saírem, dirigindo-se à Paróquia para encontrarem-se com Helena, enterraram naquela área uma medalha e terra vindas de Schoenstatt. Abençoaram o terreno com água que fora benta por nosso Pai e Fundador quando ainda em vida.

Ao encontrarem-se com Helena manifestaram o desejo de possuírem um pedaço do terreno para a construção de um Santuário de Graças. Mostraram-lhe fotos do Santuário. Ela disse: ‘Se fosse em nosso terreno, ficaríamos felizes’. Após essa rápida conversa restava esperar pela decisão das proprietárias.

Em 7 de novembro de 1983 após uma novena ao Pe. Kentenich o grupo dirigiu-se novamente à casa das Irmãs Kulik para buscar a resposta e foram acolhidos com muita amizade e alegria. À luz de velas, ouviram o sim tão esperado. Elas doaram à Nossa Senhora toda a área abaixo da estrada, medindo mais de três alqueires.

Em 21 de novembro, Irmã Maria Dorotéia Beggiato, então Superiora Provincial e Irmã M. Isengard Reuter, Assistente Provincial, visitaram o terreno.

Em 7 de janeiro de 1984, foi feita a doação da imagem da MTA, que seria colocada na Ermida a ser construída no local do futuro Santuário.

Em 26 de fevereiro de 1984, a Família de Schoenstatt realizou a 1ª romaria pública ao terreno.

Em 24 de março de 1984, foi celebrada a 1ª Missa em Ação de Graças no terreno, com a participação da Família de Schoenstatt.

Em 19 de maio de 1984 foi Inaugurada a Ermida, construída com a madeira de um pinheiro que caiu em conseqüência de um raio.

Com a inauguração da Ermida intensificaram-se as romarias ao local. E a Família de Schoenstatt acelerou também as iniciativas para arrecadar fundos para a construção do Santuário: limpeza do terreno, bazares, jantares e almoços, festas, rifas, etc.

Houve uma outra benfeitora do Santuário que se chamava Agnes Brünner, irmã de uma das nossas Irmãs da Alemanha. Como viúva e não tendo filhos, resolveu ofertar parte da herança para a construção de um Santuário. Através da Casa Missionária, o dinheiro foi encaminhado para ajudar na construção do Santuário de Curitiba. Foi dela também a oferta da estátua de S. José e do presépio para o Santuário.

O Altar do Santuário foi oferta dos Padres de Schoenstatt.

Em 21 de julho de 1984, as Sras. Kulik mudaram-se para a nova casa deixando a casa antiga (hoje casa Nazaré) à disposição do Santuário. Em 5 de outubro deu-se o início da construção do Santuário, com a colocação das primeiras pedras do alicerce.

Na véspera da inauguração do Santuário Irmã Ignês Maria e Irmã M. Ivone mudaram-se da Creche “Cantinho de Sol” para uma casinha pré-fabricada, a primeira construção feita no terreno após o Santuário, (hoje, loja de artigos religiosos) situada atrás do Santuário, com a finalidade de administrarem o Santuário e darem atendimento ao Movimento nos seus primeiros anos após a inauguração. As outras construções foram sendo feitas posteriormente e sempre com a ajuda do bom e generoso povo de Curitiba.

O Santuário Tabor Magnificat foi solenemente inaugurado no dia 19 de maio de 1985 e abençoado por D. Pedro Fedalto, então Arcebispo de nossa Arquidiocese. Concelebraram, nossos Padres da União de Schoenstatt e vários sacerdotes.

Com a inauguração foi concretizado o presente jubilar dos 100 anos de nascimento de nosso Pai e fundador, ofertado por toda a Família de Schoenstatt.

É oportuno que, neste 27º aniversário, façamos uma homenagem póstuma e uma oração em favor de várias pessoas que se doaram para que o nosso Santuário Tabor Magnificat se tornasse uma realidade e que hoje já se encontram na eternidade:

Irmã Regina Maria, D. Lenir Bavoso, Pe. Idenando Ramos, Maria, Marta e Rosa Kulik, Agnes Brünner, Irmã Maria Dorotéia, Irmã M. Isengard.


O JUMAS daquele tempo, limpando o terreno para a construção do Santuário.

Dr. Bernardo e D. Maria Emy Camargo os construtores da Creche “Cantinho de Sol”.


Creche “Cantinho de Sol”


D. Lenir Bavoso

Pe. Idenando e Pe. Rafael

Maria, Marta, Rosa, Pe. Osenildo, Helena e Pe. Rafael

Bênção do terreno 

1ª Romaria ao terreno

Jantar beneficente para a construção do Santuário


Primeiras pedras no alicerce do Santuário

Santuário em construção

Solene inauguração

Solene inauguração