segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Abertura do ano jubilar de 100 anos do Congresso de Hoerde



Texto - Geni Hoss
Fotos - Joelma Polli

No dia 18 de agosto de 2018, dia da Aliança de Amor e da solenidade litúrgica da Assunção de Maria, a Família de Schoenstatt e peregrinos do Santuário Tabor-Magnificat se reuniram para a celebração dominical da Santa Missa, celebração da Aliança de Amor e da abertura do ano jubilar do Congresso de Hoerde. 

Motivados pelas palavras de São Paulo: “A caridade de Cristo nos impulsiona” – “Caritas Christi urget nos” (1 Cor 14, 5-14), em 19 e 20 de agosto de 1919, foi realizado um congresso na pequena cidade de Hoerde, Alemanha. O evento tinha como propósito decidir sobre a continuidade de um grupo formado por Congregados Marianos do Seminário Palotino, em Schoenstatt, e os jovens que eles conquistaram durante a atuação nos campos da Primeira Guerra Mundial. Parte dos jovens haviam partido de Schoenstatt e nos tempos difíceis de combate hauriam forças da fonte de graças do Santuário Original e do contado permanente com o fundador Pe. José Kentenich, de quem recebiam orientação para o crescimento espiritual em situação extrema dos campos de guerra. 

O testemunho destes jovens conquistou outros jovens que, igualmente aderiram à espiritualidade de Schoenstatt, porém como leigos no meio do mundo. A necessidade de definir o modo de ser e estar no mundo desta iniciativa divina, com o sim pronto dos jovens, levou à organização e realização do Congresso de Hoerde. O Pe. José Kentenich acompanhou e apoiou o encontro, porém não se fez presente pessoalmente. Sob responsabilidade dos dirigentes dos próprios jovens foram lançadas as bases de um Movimento de “educadores e educação”. Os jovens reconheceram como missão original: ser “instrumentos da Mãe Três Vezes Admirável para a renovação religiosa e moral do mundo.” (cf. Hörder Dokumente, 1969, p.105).  Desde então, Schoenstatt se afirmou como um Movimento na Igreja. Este não somente proclamou o ideal de uma elevada aspiração à santidade, mas propôs também um caminho seguro de aspiração e educação de discípulos missionários.  Assim foram lançadas as raízes de um projeto pedagógico original que define Schoenstatt como um Movimento de “educadores e educação”. O chamado à santidade é igualmente um chamado ao ser missionário, ao ser apóstolo do Reino. Nos debates do congresso, os jovens concluíram que o apostolado é uma característica fundamental e permanente de todos aqueles aderem aos ideais de Schoenstatt. 

Na abertura deste ano jubilar, o Movimento de Curitiba partilhou a história agraciada deste marco de Schoenstatt e convidou a todos para a participar e celebrar este ano deste momento importante. Um ramalhete de flores representando todos aqueles que abraçaram o caminho de santidade de Schoenstatt e também como símbolo da homenagem filial a Maria, Assunta ao Céu, além das frases que movem o Movimento desde as suas raízes – “Caritas Christi urget nos” / “Acordai e despertai-vos mutuamente” -, foram colocados diante do altar como expressão visível deste momento agraciado. 

Membros e peregrinos de Schoenstatt presentes na celebração, após a celebração Eucarística, se dirigiram ao Santuário onde foi renovada a Aliança de Amor e se fizeram as ofertas do Capital de Graças na pira ao lado do Santuário.

Acolhamos também nós as palavras do Pe. José Kentenich escrita aos líderes dos jovens em 1919: “Acordai e despertai-vos mutuamente!” (J. Kentenich, 06/11/1919). Após 100 anos somos convidados a despertar para no novo florescer dos ideais de Schoenstatt, dedicar-nos a ele e alçar voos sempre mais altos em nossa aspiração à santidade.