quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

O tipo de santo que queremos ser

Fonte: Portal Schoenstatt.org.br (Clique aqui para acessar o link original)

Ir. M. Nelly Mendes – Qual é o perfil de santo que nosso Pai e Fundador gostaria de presentear e que é uma resposta à Igreja e ao mundo? É o novo homem formado à imagem de Cristo, por Maria, que trabalha seriamente em sua autoeducação.
O perfil desse santo que nosso Pai se empenhou em ser e formar, o novo homem, é a pessoa íntegra, que aspira à “inteireza”, que não serve a dois senhores, mas que procura realizar e se empenha, de fato, para que sua vida seja expressão de seus valores e de sua fé. Algumas características:
• “O que fazes, faze-o inteiramente!”
• Vinculação harmoniosa entre pessoa, trabalho, oração, lazer, família.
• Integridade em tudo o que faz
• Fazer o ordinário extraordinariamente bem feito.


Acontece, às vezes, conosco o que aconteceu aos congregados em Schoenstatt. Eles queriam lutar pela justiça social, pela igualdade, mas achavam que isso precisava acontecer com a mudança das estruturas. Nosso Pai os conscientizou:
“O espírito da justiça social é o espírito do amor, da bondade, da atenção às necessidades dos outros, de uma carinhosa empatia para com as angústias dos outros, de uma ajuda eficiente e discreta aos que dela necessitam. Em suma: o espírito de sacrifício do verdadeiro heroísmo cristão. A luz vai nascendo devagar! E conseguiremos vê-la com maior nitidez quando o egoísmo e o egocentrismo forem combatidos com determinação. E isso nos abre um campo de iniciativa social muito vasto! […]
Querem saber agora como podem trabalhar pela justiça social? Bem, podemos trabalhar desde cedo até bem tarde da noite. Podemos fazer uma lista de todos os pontos do nosso horário e das regras e olhar para cada um quanto ao impacto social que pode ter. […] A forma como podemos usar os jogos que jogamos juntos, o nosso tempo de lazer, as refeições que tomamos juntos! É claro que podemos desleixar o nosso dever e queixar-nos e criticar. Mas se o fizermos, não estaremos dedicando-nos com seriedade à nossa autoeducação para a justiça social. […]Imaginem que um de seus colegas está triste, ou não tem amigos, ou não se dá com os outros, ou está sempre sendo gozado e ridicularizado. O nosso lugar é ao lado dos oprimidos; sermos especialmente seus amigos e, sempre que possível, protegê-los dos ataques. Só que em vez disso, muitas vezes somos nós próprios a atormentar os outros com o nosso comportamento e língua afiada. Precisamos nos colocar na situação e no lugar dos outros…”
Muitos de nós já lutamos há anos em nossa autoeducação e sabemos que não é fácil. Os seminaristas no tempo do Pe. Kentenich também experimentaram isso… Então nosso Pai percebeu que a autoeducação por si mesma, sozinha, não dá resultado… Precisamos de alguém que nos eduque, precisamos de uma força do alto!
“Quando atuamos por nós mesmos não vamos muito longe! Por essa razão é que o 1912 (Documento de Pré-Fundação) seguiu o 1914 (data da fundação). Por isso já depois de dois anos dizíamos: ‘Não é muito o que resulta com a autoeducação. Alguém tem que tomar nossa educação em suas mãos. E quem tem que fazê-lo? A Mãe de Deus, que Jesus nos presenteou solenemente no alto da cruz como a grande Educadora dos povos. Então o original do Documento de Fundação consiste no seguinte:
– na promessa da Mãe de Deus que, a partir do Santuário, será a Educadora dos povos e presenteará o carisma da educação e
– no desafio da autoeducação. Isso exige de nós colaboração, séria disciplina e luta pela autossantificação”.
“A Mãe de Deus assumiu no Santuário a tarefa de ser a Grande Educadora dos povos. […] Por isso, ela não quer somente presentear-nos o carisma da educação, ou seja, ser educadores dotados de um carisma especial, senão que também nos quer dar fórmulas e métodos educativos e nos quer presentear abundantes graças de educação. […] Podemos dizer: a Mãe de Deus quer nos conceder aqui o carisma da autoeducação e da educação dos demais. […]
Mas a Mãe de Deus também nos pede e exige de nós uma séria autoeducação. Nós devemos colaborar na autoeducação, temos que intentar por todos os meios nos autoeducar”.