sábado, 24 de fevereiro de 2018

Dia de Jejum e Oração: O que eu posso fazer pela paz?

Fonte: Portal Schoenstatt.org (clique aqui para acessar o texto original)

Mãe, “teu coração sagrado é para o mundo refúgio de paz, sinal de eleição e porta do céu” (Rumo ao Céu, 541).
Karen Bueno – O Papa Francisco convocou, para esta sexta-feira, 23 de fevereiro, um dia de jejum e oração pela paz. Mas, além de jejuar e rezar, ele pede também gestos concretos nessa direção, para que cada pessoa se questione em sua consciência: O que eu posso fazer pela paz?
Seguindo na mesma linha, um dos objetivos específicos da Campanha da Fraternidade este ano é “valorizar a família e a escola como espaços de convivência fraterna, de educação para a paz e de testemunho do amor e do perdão”. Em outras palavras, cultivar os gestos de paz desde o seio da família, da escola, do trabalho, do dia a dia, pois “a paz deve estar primeiro nos espíritos, para poder verificar-se depois nos acontecimentos”.
O texto-base da Campanha ainda salienta: “Em tempos que a paz está ameaçada, é preciso observar criticamente a realidade com olhar de quem acredita na superação por meio da fraternidade. A superação da violência se torna, assim, um sinal do amor que Deus nutre pelo ser humano criado para ser irmão e não rival. Como cristãos, somos chamados a construir o Reino da verdade e da graça, da justiça, do amor e da paz, pois somos todos irmãos”.
O jejum como instrumento de paz
O pedido do Papa por jejum e oração é um passo importante na conquista da paz.
O Pe. José Kentenich recordava, aos jovens congregados, as palavras de Jesus: “Se não fizerem penitência, perecereis! (Lc 13, 3). Essas palavras de Nosso Senhor aplicam-se a todos, aplicam-se a nós também. O mandamento de fazer penitência é um mandamento divino do qual ninguém nos pode dispensar, nem o Papa. A Igreja concretiza mais este mandamento na Quaresma pela prática do jejum e da abstinência. Desta forma, a penitência tornou-se um preceito da Igreja…” [1].
Nesse sentido, o Pai e Fundador convida a substituir a palavra “penitência” por “autoeducação”, acentuando a missão pedagógica de Schoenstatt. Com esses gestos de entrega ao Capital de Graças, a Mãe de Deus vai formando seus filhos para serem protagonistas da paz em todos os ambientes.
Unidos à Igreja, ao Papa, a todos os cristãos, colocamos hoje, a partir dos Santuários, uma intenção especial pela paz, com um pedido particular pelas populações da República Democrática do Congo e do Sudão do Sul.
O anseio de construir, no Brasil, a nova terra mariana também passa por esse caminho de sacrifícios e entrega pela paz. “A construção de uma nova terra mariana exige, da nossa parte, muito heroísmo. Herói é aquele que consagra sua vida a uma grande tarefa. Precisamos de novas forças, de um novo protagonismo e de um aprofundado espírito de sacrifício, capaz de se consumir totalmente pela missão. Só um filho heroico do Pai do Céu será capaz de vencer, vivendo o heroísmo da fé, da esperança e do amor em todas as circunstâncias da sua vida” [2].


[1] Livro: Heróis de Fogo, Pe. Jonathan Niehaus

[2] Carta da Central Nacional de Assessores sobre o lema do ano.